domingo, 14 de novembro de 2010

Ponto de vista

Início deste ano, um amigo expôs seu ponto de vista a respeito do que talvez seja amor. Comentei.

Vamos por partes. Geralmente é a sequencia que se vê por aí.
Antes de existir paixão, há a atração. Não existe amor à primeira vista, mas sim, atração à primeira vista. Você sente-se atraído fisicamente por alguém. Rola a paquera. Fica. Faz sexo. Gosta do sexo. Caso seja recíproco, inicia-se uma relação.
A princípio cada um quer vender o seu produto. Dando ênfase às suas qualidades, e, até mesmo forjando algumas. O tempo passa. Improvável levar um personagem à frente eternamente. Surgem os defeitos. Nessa hora analisa-se o custo-benefício - As qualidades desse alguém sobressaem-se aos seus defeitos? Os meus defeitos são suficientemente grandes a ponto de afastar esta pessoa?
Uma vez que há os acertes de personalidades e firmação das afinidades, haverá estabilidade. Só que há outro fator. O fator chamado TEMPO. Ele diminuirá um dos pontos altos de toda relação: o sexo. É nesse ponto que haverá a distinção entre o que seja paixão e amor. Caso o relacionamento sobreviva a esse "esfriamento" e observemos que ele se sustente fundamentalmente na preocupação, na dedicação, na necessidade da presença do outro, ou seja, no companheirismo; creio, então, que exista amor, ou pelo menos algo semelhante. No dicionário: "Paixão é uma emoção intensa que ofuscaria a razão." Em momento algum afirma-se que ela seja algo intrínseco ao amor; apenas um forte sentimento. Isso pode ser representado, também, de forma negativa. Ao contrário do amar, que supostamente "é navegar em águas tranquilas e claras". Claras no sentido de enxergar a outra pessoa por completo em suas piores qualidades, e, como ninguém é perfeito, cabe a cada um moldar-se a fim de tentar o entendimento - harmonia.