terça-feira, 22 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval?! Não, obrigado.

"Não adianta: antes de qualquer ação/omissão, surge na mente o questionamento principal: "para quê?" - o "para quê" é substituível, em dadas circunstâncias, pelo "por quê", com igual carga questionadora.

Nesse feriado, eu me pergunto: são aproximadamente quatro dias sem os compromissos habituais de trabalho e estudo e como vou aproveitá-los de forma que eu não os finde precisando de mais tempo para descansar ou fazer outras atividades? Em suma, como utilizar esses dias para que eu possa me sentir útil para mim mesmo?

Com a vênia da maioria, eu, (in)felizmente, não vejo nada de útil nas festividades carnavalescas.

Diversão? A que custo? Além de muitos indivíduos gastarem o que não têm, ainda são usados por outros, seja por interesse de falsa parceria, de sexo, de grotesca insanidade de carpe diem.

Relaxar?? Como? Muitos voltarão com o peso na consciência por ter gasto demais, por ter dado demais, por ter comido de menos, por ter bebido além da cota, por ter batido o automóvel, por ter brigado com o cônjuge, por ter deixado de lado a família, por abandonar estudos atrasados... por ter se deixado esquecido.

Qual é o proveito?

Eu até comentaria sobre os foliões, mas como cada qual sabe de si, observo a mim: eu não saberia me deixar nas mãos de um cara qualquer que já teria beijado umas 28347 garotas; eu não me deixaria ser mais uma; eu não entraria em neurose para que meu corpo ficasse como manda a estética desumana e capitalista; eu não conseguiria esquecer meu descanso e minhas finanças; eu não cuspiria nos meus princípios humanos de respeito aos demais e, primordialmente, a mim mesma.

Não sei, não me deixo, não entro, não consigo, não cuspo. Aliás, não me abandono às diversões impostas pela sociedade... isso é ser manada demais.

Cada escolha narra um pouco de cada personalidade."

Por Grazielly.