sábado, 19 de dezembro de 2009

Politicamente incorreto

Antes de qualquer coisa, esse é um post do qual não me orgulharei.


Demagogia afirmar que não existe superioridade de uma pessoa em relação à outra, que todos são iguais. Consciente ou inconscientemente, pessoas sentem-se acima ou abaixo diante de alguém, e toda a questão está nos parâmetros que cada um utiliza para fazer essa comparação.


Os seres fúteis acreditam que podem se destacar dos demais por possuírem bens materiais. Tal fato é algo que se percebe de maneira gritante no que diz respeito aos emergentes. Existem dois tipos: os evoluídos, que são os vencedores, conseguiram superar as adversidades que a vida lhes impuseram e se comportam da mesma maneira que eram antes de ascender [humildade], dignos de admiração; e os não-evoluídos, aqueles que serviram de inspiração para criação do ditado popular “pobre nunca come melado, quando come se lambuza”, dignos de pena.


Alguns emergentes sociais, com seu eterno complexo de inferioridade, compram compulsivamente. Enchem-se de roupas caras, acessórios, carro do ano a fim de suprir o vazio que existe dentro deles; uma busca desesperada por preencher o buraco que os consomem, como se isso fosse servir de escudo para superarem suas frustrações. Irão comprar eternamente, em vão, pois a felicidade dessas aquisições é momentânea e não é algo físico que irá fechar essas lacunas. Por mais dinheiro que possam chegar a ter, se sentirão sempre por baixo, porque não há nada material que compense pobreza de espírito. O que se enxerga por fora é fachada, são ocos. Esses são os piores tipos de pobre - são os pobres coitados.


Não serei hipócrita ao afirmar que não possuo um critério consciente para avaliar o patamar que uma pessoa ocupa. Na minha concepção, os fatores que elevam ou diminuem alguém são, primeiramente e principalmente, o caráter – a postura que determinada pessoa adota diante da vida, o comportamento deste indivíduo para com os outros, os seus valores, sua personalidade. Em seguida o intelecto – o conteúdo, a bagagem, o senso crítico, o bom senso, capacidade de discernimento, conhecimento em torno dos assuntos de maneira geral, a noção.

E, particularmente, dignos de pena são aqueles que não se enquadrem em pelo menos um desses dois fatores.

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