segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Carnaval


Não sou adepto ao Ctrl C + Ctrl V, possuo um prazer indescritível ao produzir cada vírgula do meu blog, mas esse texto em particular, que um amigo meu postou certa vez em seu blog, merece uma exceção.


"Há quatro e cinco anos, no auge de minha adolescência, a palavra carnaval era interpretada por minha mente como 'o momento mágico, o nirvana da vida'.

Axé, abadá, acarajé, cantina da serra, peitos, bundas, bocas, vômitos, gritos, mais bocas, mais bundas e mais vômito.

Ah, era tudo que eu podia querer. A perdição completa de um jovem torto. A rebeldia social e a explosão de hormônios sexuais e 'infantilóides'.

Mas o tempo passou. E com ele, certa maturidade foi aflorando.


Pra começar, uma analogia aplicada a 95% dos casos: o tamanho dos bíceps de um indivíduo é inversamente proporcional a sua capacidade intelectual. Quanto mais inchado, mais demente.

Não satisfeitos em passar uma imagem de ignorância e mongolice, esse tipo de cidadão ainda precisa gritar ao mundo que seus bíceps são grandes. Então, mesmo chovendo e com frio, ele tira a camisa e enrola no punho, em uma clara manifestação boçal de que, além de forte, ele é perigoso.

Não preciso dizer que existem mulheres, tão tapadas quanto, que baseadas em sua máxima insegurança e desejo de parecer mais do que realmente são para a sociedade, atracam-se com este tipo. Merecem-se, logicamente. Dois tipos que necessitam de anos de terapia.

Mas tudo bem, você ignora os otários e suas 'piriguetis' e cai na 'folia'. E é nesse momento que você descobre a necessidade de tomar 3 litros de cantina da serra em meia hora.


A música é praticamente um conjunto de onomatopéias.

Você olha para os lados e percebe que os otários invadiram o ambiente e estão pulando de um lado para o outro, te arrastando, aquele suor pegajoso que mais parece uma manteiga raspando no seu braço e costas. A multidão toma conta de tudo, você não tem como fugir, o jeito é pular e fingir que aquela música faz algum sentido.


Calor, suor, fedor, música ruim, multidão te empurrando, claustrofobia, bebidas nojentas, mulheres perdidas e vazias, e eles, sempre eles, os otários, que dentro de vinte minutos cairão na porrada graças a um pisão no pé.

Afinal, vamos combinar, dentro de toda essa explosão de movimentos e pessoas se encostando, pisar no pé de um otário é proibido! Ele morde, santa.


Essa é a análise final que tenho do carnaval. Uma visão de quem já viveu e respirou estes ares, mas fugiu assim que o discernimento e a razão chegaram à tona.

Neste carnaval, saia para tomar um chopp com os amigos. Converse, divirta-se, ria, fique com uma mulher por mais de duas horas. Garanto que, no final, você se sentirá muito melhor.

A menos, é claro, que você seja um otário.


Neste caso… Desculpe por ter pisado no seu pé."

3 comentários:

  1. Huahuahua...acho que sei qual foi esse amigo seu! rs

    :p

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  2. Pois é!

    Compatibilidade de pensamentos.

    ^^

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  3. Hahaha!
    Uma outra face da minha opinião! Muito boa!
    ;]

    p.s.: quaaaase coloquei essa foto no meu post... mas encontrei uma outra tão nojenta quanto :P

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