quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Adaptação

Nada melhor do que ouvir (ou ler) uma opinião de uma terceira pessoa, que traduz tudo o que você sente, mas não soube como definir em palavras . Melhor ainda quando você nem a conhece, ela não faz parte do teu cotidiano, tão pouco sabe o que se passa na tua vida. Não fica algo tendencioso. Grazi (leio incansavelmente sua auto-descrição), dona do Genealogia do Caos, um dos blogs que acompanho, postou um comentário à respeito do meu texto "Comparações".
O comentário exprime de maneira tão perfeita tudo que venho passando, que me recuso a deixá-lo ficar oculto. Será um post. Destacarei em letras garrafais, certos trechos, digamos assim, interessantes.

"Companheirismo. Parceria. A obrigação toma, nos relacionamentos, um viés particular: de gratidão e de reciprocidade.

Investimento. Para que a relação seja fluida e flua, faz-se necessário investimento de afeto, de atenção, de tempo. Um investimento
espontâneo.

Penso que algumas pessoas se achem tão suficientemente boas para não se dedicar a alguém e só querer receber. Não se abrem à relação, ao seu companheirismo.
Mas exigem que as outras pessoas se abram e se doem para satisfazer suas vontades como e quando quiserem. Isso não é relação afetiva... até como falei já no meu blog, isso é uma relação parasitária.

Talvez tais pessoas não tenham discernimento de que, quando os dois perdem (o seu orgulho exacerbado - resguardadas as proporções necessárias à auto-estima), os dois ganham. Para se conseguir ver isso, é necessário maturidade, visão de parceria e comprometimento para um futuro em comum.

E se não for para se enlaçarem visando a um futuro, que deixem bem claro isso para o seu parceiro. Muitas pessoas enganam as outras com mil promessas de companheirismo e, no fundo, não sabem nem o que querem para si - só querem receber, receber e receber.

Penso que o fechamento dessas pessoas seja resultado de medo, de insegurança. Mas é só um palpite :)

Bjão, Yuri"

...

4 comentários:

  1. Oinnnnnnnn *-*
    =*******************

    Brigada, Yuri *-*

    Também já passei por uma situação assim... e sei o que é chegar a pensar "continuo a relação porque acredito no que temos, e não porque a pessoa mereça". Bem... é complicado.

    Mas me acalmei quando vi que foi melhor deixar a pessoa seguir com o que ela acreditava ser o certo e eu, com o que eu penso ser o melhor para mim.

    Não que haja alguém perfeito, mas há de haver, sim, alguém que pense e sinta como eu, sem eu precisar mendigar amor, atenção, RECIPROCIDADE.

    No fundo, depositamos em (qualquer) alguém nossas vontades... e vi que isso está errado (para mim, pelo menos). Na maioria das vezes, tais pessoas não são capazes de nos satisfazer... não porque são erradas, mas porque são DIFERENTES, desejam coisas diferentes. Simples assim.

    No fundo (mais ainda), o que vai importar, de início, será como nos sentiremos numa relação, independentemente da pessoa ao lado. Mas, depois, para nos satisfazermos realmente, importará quem é a pessoa ao lado. Vira um ciclo.

    E nada, mas NADA merece um desequilíbrio. Muito menos pessoas que são DIFERENTES.

    E obrigada... vc me deu a resposta de um incômodo chato de hoje (descrito no meu post "no khaos").

    ...

    oinnnnn *-*
    Bjão, Yuri
    =****

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  2. Muito do que vc falou, já tinha sido abordado pela minha terapeuta. É como vc disse: "blog, psicanálise de graça"

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  3. Agradeço demais o comentário, foi perfeito. Vc falou tudo como se me conhecesse, e me conhecesse há tempos e soubesse detalhes do que ando passando. Fiz do comentário, um post!

    Grande beijo!

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  4. Segui o seu conselho e expressei emoções em palavras e musica. Pena que sei que o destinatário não verá, mas enfim... Me senti mais leve depois de tê-lo feito.

    Obrigada por tudo, viu mocinho!

    XerãO!

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